Há uma tendência perigosa e bastante disseminada de se atribuir problemas enfrentados pelas organizações às pessoas e a seus comportamentos. Algumas vezes o problema pode – de fato – ser atribuído ao componente humano da equação, mas nos chama a atenção o quanto o fator estrutura é subestimado.
Elliott Jaques dizia que não existem pessoas desmotivadas, mas apenas estruturas desmotivadoras. Não somente concordamos com essa afirmação, como podemos confirma-la todas as vezes que encontramos organizações com níveis hierárquicos a mais, onde um nível não é capaz de adicionar valor ao trabalho do outro, falta de clareza de papéis e, consequentemente, frustração e desperdício.
O desenho de uma organização não deve ser baseado em princípios quase exotéricos, como, por exemplo, “números mágicos” associados ao span of control. Estruturas e posições não devem ser definidas com base nas pessoas, mas sim no trabalho. Existem princípios científicos para o desenho de uma organização e organizações bem desenhadas são muito eficazes para engajar e liberar o uso das capacidades das pessoas.